quinta-feira, 27 de março de 2008

Água

Não a que compõe o mar,
Idrata enfermos,
E dentro de cada lar
É necessário, obrigatório respirar
Não a que embeleza a "relva"
Lapida o gelo
Nutri selva
Desaparece no ar
Evapora!
Não a que cai do céu
Na hora em que as nuvens engordam
E as gotas desempenham seu papel
Pedra rochosa desmancha
Transforma!
O insípido amarga
O incolor escurece
O inodoro exala forte
A dor
Secura não cessa, escorre
Dolorido comparável a borboletas presas
No casulo,
Cegas para o sol
É como destruir a morada dos peixes,
E assim fazer-lhes faltar o ar
É como se apertassem forte o cérebro,
Até a cabeça estourar
Escorre
Dor
Irriga alma
Desabafo, deslanchar de pensamentos permanentes
Incessantes, insistentes
Universo paralelo doente
Do mundo inteiro ausente
O grito mais alto jamais será escutado
Porque os ouvidos do coração, compreendem a razão e a emoção
Não adquiridas, e sim resgatadas
As essências adormecem, apodrecem
Quando permitido
Pudera então ser super herói,
Eliminar tudo que corrói
Largar o medo perdido e falido,
Mais um pé na estrada
Da vida, vivida, batida,
Deslanchando água
A água salgada ...


marisa soU -

Um comentário:

Adh2BS disse...

Que coincidência... água é o meu elemento, sua poesia "Água" é linda, como um hino; gostei também, e muito de "Ciranda das estrelas". Legal este blog também. Parabéns, abração, a poesia flui de você como água de fonte!
adh2bs.blog.terra.com.br