sexta-feira, 11 de abril de 2008

Latas Vazias de Vento

É tudo poeira
Suas mentes esquecem
Pensamentos são jogados fora
Pequenos retornos de lembrança
Não serão mais suficientes daqui alguns dias
A dor cansa
Tem horas que seria melhor
Voltar a ser criança
E tudo se transforma em areia
Ininterrupta
Dentro
dos frascos de lembrança

marisa soU –


Nas latas vazias de vento
Vai secando, o tempo
O tempo às vezes também
É uma lata vazia
Cheia de surpresas
Certezas e avarias
O vento batendo lata
Fazendo o som pra
Toda a massa
A massa levada pelo
Vento do som
Invadindo tudo
Correndo todos os caminho da mente
O barulho do vento
Alegrando a avenida
Só de sentimento bom

Pequena


As crianças são areias
Seus pensamentos correm os caminhos
Sem saber se o que sentem é certo
Elas simplesmente sentem
E a dor do mundo vira poeira
Estilhaços de esquecimento
Tudo levado pelo vento
A dor não cansa as crianças
Porque a dor é um sentimento
Do inexistente
Por isso gostamos das lembranças
Pra crescer inovando
E continuando a ser criança

Pequena


Não designa só lembrança
O caminho trilhado pela criança
Dança valsa com a esperança
Dentro da cabeça aflora
Resgate!
A calma do rio
E suas águas mansas
Sentavam com tempo sábio
Tempo rei
Para olhar a relva
Pra brilhar intensa
A felicidade, ao repousar
Sob a sombra daquela árvore
Que só existiu ali
No seu mundo
De criança

marisa soU -


Um comentário:

Adh2BS disse...

Muito legal... não tinha visto estes últimos, ainda. O nome da minha página é Arquitetura e Poesia: Literatório. Agradeço a inclusão que vc fez, pode deixar como está. Grande bjo, Adhemar.